Os ataques mais nocivos das obras da carne são extremamente silenciosos, imperceptíveis e de difícil identificação. Estou me referindo ao ciúme e a inveja. Esses dois instrumentos do mal têm destruído: famílias, ministérios, igrejas, amizades e carcomido a comunhão dos santos. Quem tem padecido sob as investidas desses malignos sentimentos, não consegue entender, o por quê que as coisas não estão dando certo... É verdade, quem os carrega, alcança seus objetivos com sucesso, contudo, é impossível não ser afetado ou mesmo deixar de tomar o cálice amargo de suas consequências malignas. Quem nutre essas obras da carne: as noites não passam e o sono não é reparador; a comida não tem sabor e não sustenta; os ambientes não tem graça, nem cores. Quem assim vive, tanto mata, como se suicida, tornando-se uma alma pálida e sem vida. Ciúme e inveja, retroalimentam a essência de Lúcifer, o inimigo mortal do Eterno. Lúcifer acreditava que poderia ser um Deus (ciúme) e quis se entronizar para ser o único Deus (inveja). Por isso, O inferno é composto de um ciúme que consome o ciumento e de inveja que corrói o invejoso.
· O Ciúme é algo que eu possuo, mas, mesmo o próximo necessitando, não compartilho o que tenho.
· A Inveja é algo que o próximo possui, mas eu não desejo que ele se beneficie, mesmo que ele tenha conquistado legitimamente.
Tanto o ciumento quanto o invejoso trabalham para a destruição do próximo. São investidas sutis que, aos poucos, afetam e comprometem aqueles que, sem saber, estão sob fortes ataques das trevas. Essas obras da carne procuram denegrir a imagem, as obras e a participação daquele que, sem desconfiar, está sendo conduzido ao caos. Observem:
Do ponto de vista do ciumento:
· O que foi conquistado, não se compartilha com o próximo.
· O que se sabe, o próximo não tem a capacidade de entender.
· O que sou, o próximo não deve ser.
Do ponto de vista do invejoso:
· O que o próximo conquistou, não serve, nem interessa.
· O que o próximo diz, não deve ser praticado ou propagado.
· O que o próximo é, não merece ser reconhecido ou prestigiado.
Em 1898, na região de Tsavo na África. Trabalhadores foram contratados para construção de uma ponte. A ponte era parte de um projeto de ferrovia que visava conectar a África Oriental ao resto do mundo. No entanto, a construção foi interrompida várias vezes por dois leões assassinos, conhecidos como “a Sombra” e a “Escuridão”, que atacavam os operários. Os aldeões acreditavam que os dois felinos eram espíritos malignos que estavam descontentes com a tal construção ferroviária. Presume-se que dezenas de operários foram vítimas dos ataques.
Ciúme e inveja, eu os denomino de: “a Sombra e a Escuridão”. Ambientes perfeitos para as camuflagens e movimentos sorrateiros e sutis. São sombras fantasmagóricas convivendo entre os santos. Essas carnalidades já mataram muitos homens de Deus, destruíram muitas comunidades e impediram o avanço do Reino do Eterno!
O ciúme e a inveja são feras indomáveis e incontroláveis. São como leões devoradores de gente. A Sombra e a Escuridão, acreditam, que tudo serve de motivo e nada pode ser impedido. São dois leões prontos para atacarem e destroçarem a vida, a honra e a felicidade dos homens e mulheres do Reino. Diabólico, não? Para quem os alimenta é como ter sangue nos olhos, um apetite carnal desordenado e um desejo incontrolável de se banhar no sangue do outro. Diuturnamente são preparados ciladas, enroscos e confusões, com um único objetivo: ver o próximo ser abatido e desprezado por todos, mesmo quando a graça de Deus está contemplando às vítimas.
O ciumento e o invejoso podem obter o perdão de Deus, mas, as suas obras, não poderão ser desfeitas - vão reverberar até a eternidade. Dezenas de inocentes sofrerão as consequências desses nefastos sentimentos carnais. Policie o teu coração. Não tenha, como gatinhos de estimação: “a Sombra e a Escuridão”!
Mín. 20° Máx. 25°