Em 2020, a atual ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, criticou a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante incêndios no Pantanal ao afirmar que a “criminosamente desproporcional” era a “falta de medidas do governo para enfrentar o tamanho do problema da destruição dos biomas brasileiras”.
“É uma atuação pífia, de puro faz de conta, onde o que vem sendo feito é muito mais em função do trabalho árduo dos servidores públicos abnegados e do esforço de voluntários comprometidos com a causa ambiental”, disse em seu perfil no X (ex-Twitter) em setembro do ano.
Naquele ano, 26,4% de toda a extensão territorial do bioma foi queimada, a maior desde 2003. Os dados são do Programa Queimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), vinculado ao MCTI (Ministério de Ciência e Tecnologia).
Já em 2023, enquanto está à frente do Ministério do Meio Ambiente, Marina atribuiu as causas dos incêndios no Pantanal à ação humana criminosa, à pior seca dos últimos 70 anos e ao impacto das mudanças climáticas.
Na 2ª feira (24.jun.2024), ao final da reunião da sala de situação que vai elaborar ações para o bioma, a titular do órgão ambiental do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que esta é uma das “piores situações já vistas” pela região.
Segundo dados do Inpe, a quantidade de focos de incêndio de janeiro até junho de 2024 é maior do que no mesmo período em 2020. No entanto, a área queimada é menor. Eis os dados comparados:
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O Poder360 entrou em contato com o MCTI para questionar a diferença entre o número de focos de incêndio e a área queimada. Esta reportagem será atualizada quando obtiver uma resposta.
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