“Os sãos não necessitam de médico, mas sim os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores”. (Marcos 2:17)
“O reino de Deus se estabelece a partir dos improváveis e excluídos, daqueles que o mundo os reputa como escória. O céu se opõe ao luxo, ao onipotente, mas acolhe gostoso o lixo e o fraco que o mundo rejeita”.
O sistema mundano insiste em glorificar os excepcionais, aqueles que são vencedores, mesmo quando os perdedores chegam no final quebrados, contundidos e até mortos. A mente maligna investe na ideia de dividir o mundo em vencedores e perdedores, um campo perfeito para o agravamento da disputa e da guerra. Às custas dos perdedores, os vencedores são recompensados. Contudo, os esforços dos perdedores patrocinaram a vitória brilhante dos ganhadores. Quanto mais padecem os perdedores, tanto mais exaltados serão os ganhadores. O mundo gosta de ovacionar os fortes!
Por que a nossa sociedade insiste em coroar conquistadores e rejeitar os débeis? Há uma seleção maligna na sociedade que pretende fazer dos homens, semideuses. Não há interesse em promover quem não foi agraciado com força, inteligência e perspicácia. Veja bem, o reino de Deus vai de encontro aos conceitos de perfeição impetrado pelo mundo! A Bíblia deixa claro, que Jesus foi buscado por quem padecia, mas rejeitado por quem ostentava. Os fortes foram ferrenhos opositores aos conceitos que Cristo pregava, e é dele a ênfase: “os são não necessitam de médicos, mas os doentes”. Quem teve o favor e o privilégio de ser atendido por Deus foi aquele que não se apresentou como forte, perfeito e onipotente. Em seguida, foi incisivo em dizer: “eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores.” A missão do filho de Deus entre nós teve, como fundamento, atender prioritariamente os que não eram santos. Cristo veio salvar aqueles que foram rejeitados, por não conter as medidas exigidas pelo sistema religioso e mundano de excelência. Contudo, Os improváveis, tão rejeitados pelos excepcionais, foram alvos da missão amorosa de Deus. Deus está a nos dizer que seu reino é de ponta-cabeça: para cima, começa para baixo , para frente é para trás!
E o nosso contexto religioso, segue qual norma? Qual o tipo de mensagem que estamos pregando da perda ou do ganho? Qual o modelo de comunidade a igreja está oferecendo, tendas ou portentosos palácios?
· Por que apresentar o melhor culto? Isto não é pura performance, já que o culto é para Deus e não para nós? Deus está à procura de emocionados ou de convertidos?
· Por que os melhores músicos, visto que louvor não tem a ver com música? Não vem das criancinhas de peito o melhor louvor, sem cantar e sem tocar?
· Por que um orador coaching, visto que não se propõe show na exposição dos textos bíblicos?
O evangelicalismo tem transformado o evangelho de Deus em mera mercadoria de escolha, satisfação pessoal e conquista de bens! Pior, tem buscado os primeiros lugares, tem ostentado luxos, tem pregado constantemente sobre conquistas e, abandonado, uma das principais virtudes cristã, a simplicidade.
Não nos esqueçamos: O céu se opõe ao luxo, mas se agrada do lixo. Não tenhas receio por ser fraco ou excluído, e não tenha orgulho por possuir algo mais coloquial que seu irmão, o mais importante é retornar para dentro de si, e perceber se Deus ainda habita em seu interior. Não seremos salvos por aquilo que temos ou sabemos, mas pela confiança naquele que atende, quem se sente, menor dos menores. Permaneça sendo a matéria prima que Deus se agrada!
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