Um dos três brasileiros presos na Tailândia por tráfico de drogas, o paranaense Jordi Vilsinski Beffa, de 23 anos, de Apucarana, enviou um áudio aos amigos pedindo que cuidem de sua família, caso não consiga voltar ao país.
“Qualquer coisa, cuida dos meus aí. Tá bom. Obrigado, irmão. Abraço. Não vou sair dessa”, lamentou.
Beffa foi preso com outros dois brasileiros com 15,5 quilos de cocaína no Aeroporto Internacional de Bangkok. Todos correm o risco de serem condenados à pena de morte ou à prisão perpétua.
O rapaz, segundo os familiares, saiu de casa no dia 11 de fevereiro dizendo que viajaria para o Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Nenhum deles tinha conhecimento de que ele faria uma viagem internacional e nem que estivesse envolvido com tráfico.
A família afirmou ainda que não conhecia nenhum dos dois outros brasileiros presos com ele.
O advogado contratado pelos parentes informou que o paranaense trabalhava como operador de máquinas em uma fábrica, com carteira assinada, e havia se demitido do emprego três dias antes de embarcar.
“Cuida da minha mãe” foram as últimas palavras que escreveu na mensagem trocada com amigos pelo celular.
Além de Jordi, foram presos Mary Hellen Coelho Silva, de 21 anos, de Pouso Alegre, em Minas Gerais, e um terceiro homem cujo nome ainda não foi divulgado.
A embaixada brasileira na Tailândia informou que o brasileiro está preso no presídio Samut Prakan e que não passou por audiência na Justiça. De acordo com a nota, as autoridades tailandesas permitem que os presos no país falem com seus familiares por aplicativo, em horário definido pela polícia.
O advogado que defende o jovem disse que acredita que ele deve pegar pena mínima, de 5 anos, e que só será possível saber se poderá cumprir pena no Brasil após o julgamento. A questão é que na Tailândia, assim como no Brasil, os trâmites jurídicos são demorados e o julgamento pode demorar até 2 anos.
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