Sábado, 20 de Abril de 2024
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Novo ministro da Educação diz que vai manter diálogo com acadêmicos e educadores e incentivo a cursos profissionalizantes.

No discurso de posse no MEC, o professor e pastor Milton Ribeiro negou uma afirmação que fez em 2016, durante culto, em que defendeu

16/07/2020 às 18h32 Atualizada em 16/07/2020 às 18h37
Por: Redação Fonte: Correio Braziliense
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(foto: Mackenzie/divulgaçao)
(foto: Mackenzie/divulgaçao)
Em discurso de posse como ministro da Educação, o professor e pastor Milton Ribeiro fala de "diálogo com acadêmicos e educadores”, de "incentivo a cursos profissionalizantes” e desmente que tenha incitado a "violência física na educação escolar”. Com covid-19, o presidente Jair Bolsonaro participou virtualmente da cerimônia e assinou a nomeação do Palácio da Alvorada. 
"Jamais falei em violência física na educação escolar e nunca defenderei tal prática, que faz parte de um passado que não queremos de volta”, disse, Milton Ribeiro, no discurso. A fala do novo ministro é a primeira declaração que ele faz menção ao conteúdo de vídeo de 2016, em que ele, na condição de pastor durante um culto, defende que a dor deve ser usada para educar crianças. A gravação circula na internet desde que o presidente da República o anunciou como novo ministro da Educação, na sexta-feira passada. 
"A correção é necessária pela cura. Não vai ser obtido por meios justos e métodos suaves. Talvez uma porcentagem muito pequena de criança precoce, superdotada, é que vai entender o seu argumento. Deve haver rigor, severidade. E vou dar um passo a mais, talvez algumas mães até fiquem com raiva de mim: deve sentir dor", disse Ribeiro, na gravação, mesmo após a sanção da Lei da Palmada, que, desde 2014, estabelece que crianças sejam educadas e cuidadas sem o uso de castigo físico ou de "tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação". 
No discurso de posse, após negar ter defendido violência física, Milton Ribeiro mudou o foco para a importância de proteger a integridade dos professores: “Vale lembrar que, devido à implementação de políticas e filosofias educacionais equivocadas, em meu entendimento, que desconstruíram a autoridade do professor em sala de aula, o que existe agora, por muitas vezes, é episódios de violência física de alguns alunos contra o professor”.
Por fim, Ribeiro prometeu: "Aquilo que eu puder, como ministro da Educação, apoiar as iniciativas, farei. Nós precisamos resgatar o respeito pelo professor". Ele também citou a importância de ouvir os acadêmicos e educadores, de melhorar a posição do país no ranking do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) e de incentivar cursos profissionalizantes para que sejam uma "ponte" para os estudantes jovens ao mercado de trabalho. 
Pastor da Igreja Presbiteriana em Santos (SP), Ribeiro tem doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo, mestrado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e graduação em Teologia e Direito. Também já foi reitor em exercício e vice-reitor da Universidade Mackenzie, em São Paulo. Em maio de 2019, foi nomeado por Bolsonaro para a comissão de ética pública ligada à presidência da república, cuja função é investigar ministros e servidores do governo.
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